Sialorréia: O aumento na produção ou dificuldade na eliminação da saliva trás ao paciente uma grande limitação social e deve ser abordada sempre que existir a queixa:
- Tratar a sialorréia com hioscina oral ou transdermica, atropina em gotas, glicopirrolato ou amitriptilina
- Fornecer aspirador doméstico.
- Injeções e toxina botulínica nas glândulas parótidas pode ser usadas,13 mas até o momento não existem evidências suficientes a respeito da segurança e efeitos em longo prazo, permanecendo portanto classificada como experimental.
- A irradiação das glândulas salivares pode ser considerada quando o tratamento clínico falhar.
- A intervenção cirúrgica não é recomendada.
Secreções Brônquicas: O fluxo constante de secreção, além do seu aumento de consistência pelo ressecamento faz com que este ponto seja fundamental na qualidade de vida.
- Ensinar ao paciente e seus cuidadores as técnicas de movimentos expiratórios assistidos usando a tosse assistida manualmente. (também pode ser feita pelo fisioterapeuta)
- Providenciar um aspirador doméstico e um umidificador de ambiente.
- Considere o uso de N-acetilcisteina 200-400 mg três vezes ao dia Se estas medidas forem insuficientes tente nebulizar com solução salina com um antagonista beta-receptor e/ou broncodilatador colinérgico e/ou mucolítico e/ou furosemida combinados.
- O uso de um insuflador/exsuflador mecânico (AMBU) pode ser útil, particularmente em vigência de um quadro de infecção respiratória.
- Miotomia do cricofaríngeo pode ser indicada nos casos raros de espasmos de cricofaríngeo e retenção continua de secreção.
Labilidade pseudobulbar: Sintomas pseudobulbares como gritar, chorar e gargalhar patológicos podem ocorrer em 50% dos portadores de ELA, mesmo sem sinais motores bulbares.
- Informar ao paciente que este quadro não se deve a uma alteração de humor, e sim a uma lesão no cérebro.
- 2. Apenas os sintomas emocionais que tragam problemas devem ser tratados, quando necessário, o uso de antidepressivos como a amitriptilina, fluvoxamina, citalopram, é suficiente.
- Uma combinação de quinidina com dextromorfan mostrouse efetiva em um estudo de classe IV. Faltam ainda dados a respeito da tolerabilidade e efeitos em longo prazo.
Câimbras: Algumas vezes a queixa de câimbras precede as outras e é mais importante na hora de dormir. Estudo classe 1 sobre câimbras em pacientes não ELA com quinino e vitamina E mostraram que a primeira pode ser efetiva na redução dos sintomas.
- Tratar a câimbra na ELA com fisioterapia, exercícios físicos e/ou hidroterapia.
- 2. Se for necessário usar quinino.
- Magnésio, carbamazepina, fenitoina, verapamil e gabapentina são as alternativas.
Espasticidade: O espasticidade e bastante incapacitante na ELA e apesar de não haver estudos controlados com uma população de ELA, os resultados obtidos em espasticidade em outras condições clínicas como lesão medular e paralisia cerebral podem ser extrapolados para a ELA. Fisioterapia e baclofen oral têm sido usadas em consenso, mas também existem trabalhos com gabapentina, tizanidina, diazepam, dantrolene, memantina e toxina botulínica.
- Quando a espasticidade for intensa, a fisioterapia deve ser feita regularmente.
- Hidroterapia em piscina morna a 32-34o ou ainda crioterapia podem ser usados.
- Drogas anti-espásticas como o baclofen e a tizanidina devem ser tentadas.
Depressão, ansiedade e insônia: Podem ocorrer em qualquer fase da evolução da patologia, porém se agravam bastante quando se instala a insuficiência respiratória.
- Tratar a depressão em ELA com amitriptilina ou inibidores seletivos da recaptação de serotonina (fluoxetina, paroxetina, sertralina)
- Tratar a insônia com amitriptilina ou com hipnóticos adequados como o zolpidem.
- Tratar a ansiedade com bupropiona ou benzodiazepinicos 2 a 3 vezes ao dia.
Dor: Pode ocorrer dor neuropática na ELA, principalmente em algumas formas familiares. O uso de opióides foi liberado para essa classe de pacientes e o tratamento segue o protocolo específico. Iniciar o tratamento com paracetamol, adicionar um opioides leves como o tramadol e, se necessário, adicionar os opioides mais potentes como a morfina. A constipação pode ser limitante.
Trombose Venosa Profunda: Com a falta de movimentos nos membros inferiores, o risco de TVP aumenta. São recomendadas medidas gerais, como elevação dos MMII, fisioterapia e uso de meio elástica. O uso de anticoagulante profilático não e recomendado.